Pronto!. Face aos objectivos e compromissos assumidos, o governo planeou, apresentou o plano para discussão, e, com alguns ajustamentos foi aprovado pela maioria, e, ao contrário do que se temia, sem moções de rejeição. Agora, ao trabalho!...
Agora ao trabalho e que cada um se coloque no devido lugar e assuma, conscienciosamente, as suas responsabilidades e deveres. Acho que ninguém tem dúvidas de que a situação não está para brincar às políticas, aos poderes ou ao “bota abaixo”. As forças políticas que apresentaram alternativas, lógicas, aos pontos de que discordavam, devem mantê-las em aberto e o governo não as deve esquecer. Nesta conjuntura, podem ser de aplicação difícil ou impossível, mas no futuro pode muito bem, não ser assim. Recordo-me da proposta do PCP em relação à renegociação da divida. Sem dúvida que, neste momento, era óptimo para o país. Mas, tenta-lo agora!? A meu ver era perder tempo e criar desconfianças!. Se calhar no futuro, até pode ser possível, se conseguirmos a confiança dos nossos credores, nos tornemos um mercado apetecível e recuperarmos poder negocial!.
Não foram novidade as medidas de austeridade apresentadas. Já esperávamos por elas!... Quem deve!..., tem de pagar!... O orgulho e seriedade, assim o exigem. Para já, rezemos para que sejam suficientes as medidas, de choque que vão ser aplicadas!.
A medida mais criticada e badalada foi a do corte no Subsídio de Natal. Claro que um corte no rendimento quando o custo de vida sobe, custa aceitar de boa cara!... Mas, tendo em conta as isenções consideradas, acho que para o nosso bom nome, vale o sacrifício!. A aplicação a rendimentos superiores ao ordenado mínimo é justa. Proteger os mais desfavorecidos é uma questão de justiça e obrigação social. Penso, que em termos de isenção, ainda se podia ir mais longe: Isentar rendimentos equivalentes a dois ordenados mínimos, permitia, a meu ver, que as famílias fizessem no Natal, exactamente os mesmo que fariam sem corte. Digo isto, porque, assim, os rendimentos abrangidos, suportavam, sem alterar, o nível de vida de quem os aufere (um corte de 100 euros num ordenado de 800, produz um efeito diferente do que 1.000 num ordenado de 3.000).
Sei que vai haver contestação dos mais variados agentes económicos. Cada um à sua maneira vão levantar a voz. Vozes essas que não levam a nada!. Podem até prejudicar (ex. greves). Acho que em vez de contestação, todos os agentes económicos, sem excepção, devem é pensar na maneira de combater estas medidas, com outras medidas que vençam estas. Para isso, só vejo três formas: Produzir o máximo, exportar mais e importar menos. A nós, cidadãos, cabe trabalhar, colaborar e facilitar a aplicação das medidas. Ao governo, mais propriamente, aos Ministérios das Finanças, Economia, Agricultura, justiça e Negócios Estrangeiros criar mecanismos que permitam: Controlar e gerir as medidas de choque de modo a torná-las suficientes, relançar a agricultura e a industria apoiando as pequenas e médias empresas na produção de bens transaccionáveis, combater os “lobbies” e corrupção que tanto mal fazem à economia e procurar novos mercados externos desenvolvendo as exportações.
Com os devidos ajustamentos, penso que o caminho terá que ser este!... A ver vamos!...
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