Domingo, 29 de Junho de 2008

taxi

Devido ás características da actividade profissional que desenvolvo, o meio de transporte que , habitualmente, uso é a viatura própria. Também utilizo, bastantes vezes o comboio e o metropolitano, quando praticáveis. O mais operacional seria o motorizado de duas rodas, devido à facilidade em vencer grandes filas de transito, mas, além de o achar perigoso, incompatibilizamo-nos há alguns anos atrás!. O táxi não me é apelativo!. Não sei porquê, mas nunca me deu muito para andar de táxi!. Só mesmo o estritamente necessário!. Pelo que não conhecia, nem conheço as suas normas, regras de trabalho, hábitos, costumes e outras coisas mais!...

Um dia destes necessitei deste tipo de transporte. As surpresas, pouco claras para mim, foram o móbil deste texto.

Na viagem (para o aeroporto) devido ao simples movimento de carregar num botão deu-me para reparar no taxímetro. Antes só olhava para o montante a pagar!. Aquele simples toque, aumentou a velocidade de contagem do aparelho!. Descaradamente, perguntei ao motorista, como é que aquilo funcionava!. Muito solicito, e como quem percebia da matéria, disse-me que não tinha nada que saber!... Em menos de um minuto pôs-me ao corrente:

- O aparelho está aferido (não sei por quem, mas também não perguntei) e começa a contar logo que carrego neste botão; Quando mudo de concelho, carrego neste segundo botão, porque a tarifa é diferente; este terceiro botão é para quando o cliente tem bagagem, que é o seu caso.

De facto o funcionamento é simples e não tem nada que enganar!. Só que, há duas coisas, que não sabia, não percebo e custam-me a engolir:

1 – Porque é que a mudança de concelho tem tarifa diferente (para cima, claro)?. Não vejo que haja aumento de consumo ou outro justificativo, uma vez que se mantêm as mesmas condições rodoviárias!!!...

2 – Porque é que hei-de pagar mais pelo transporte de bagagem?. Refiro-me a bagagem normal!. Bagagem que a aerotransportadora não considera excessiva!. Estaria de acordo se, se tratasse de bagagem anormal ou que alterasse algo no veículo, nomeadamente o risco de transporte ou consumo. Estou certo que se pusesse estas questões à entidade reguladora (possivelmente à ANTRAN), teria uma resposta bem elaborada a demonstrar tais procedimentos!... Mas, mesmo assim, acho que não engolia!...Ou pelo menos, custar-me-ia a engolir!...

O meu argumento.

- A distância da minha casa até ao aeroporto são cerca de 20 a 25 quilómetros e paguei cerca de 25 euros. Quer isto dizer que o preço por quilómetro foi à volta de 1 euro.

- O estado paga e o fisco isenta de IRS, o pagamento de 39 cêntimos por quilómetro, quando um funcionário/trabalhador utiliza a viatura própria em serviço. Estes valor , entra em linha de conta, com o consumo, desgaste da viatura e respectivos encargos (seguros, taxas, etc…).

Comparando as duas situações e feitas as contas, paguei mais 156%!... Não será de mais?!?!... Haja alguém que me faça ver o contrário!....

Jcm-pq

publicado por jcm-pq às 10:34
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Quarta-feira, 18 de Junho de 2008

Memórias da Minha Terra

As recordações de infância, aparentemente, adormecidas eternamente, surgem-nos muitas vezes de forma tão clara e saudosista, como que um convite a materializá-las para não mais serem esquecidas. Foi este estado de espírito, que me levou a pegar na caneta e escrever este texto recordando a minha aldeia há muitos anos atrás. Começo pelos rios Ocreza e Ribeirinha: Ambos nascem na Serra da Gardunha. O Ribeirinha desagua no Ocreza e por sua vez, este desagua no Tejo. Em lados opostos, o Ocreza corre a cerca de 2 quilómetros, do lado nascente da aldeia e o Ribeirinha a menos de 500 metros, no lado do poente. Situando-me no Ocreza, conheci-o desde a ponte romana, no lugar dos barrinhos, até á ponte pedrinha. O curso rápido da água, nas margens apertadas, era quebrado amiúde pelos açudes ao longo do percurso. Dos açudes, feitos com tal propósito, saiam as “levadas” que constituíam a força motriz dos moinhos. Também estes açudes, eram no Verão a “praia”, sobretudo dos rapazes. Os açudes dos braços, moinho novo e pacheca eram os mais frequentados. Nos Domingos, a qualquer deles, afluía muita gente. As águas correntes, eram límpidas e tinham muito peixe. Era um encanto apreciar esta natureza pura. O Ribeirinha era mais pequeno. Lembro-me dele desde a Sarangonheira até ao Chão da Ponte. Tinha as mesmas características que o Ocreza. Era limpo com muito peixe e com alguns açudes. Os açudes bastante mais pequenos, tinham os mesmos objectivos. Num destes aprendi a nadar. Nas pontas da aldeia havia dois locais, característicos, de utilidade pública: o adro e a devesa. Eram amplos e propícios aos torneios do jogo da “malha”. A devesa era maior; tinha o campo de futebol, o chafariz público, o posto de transformação de electricidade, “a cabine” e era onde acampavam os ciganos aquando da sua passagem por aquelas bandas. A aldeia era rodeada por quintas, com alguma dimensão. Os muros baixos em algumas e a ausência deles noutras, davam-lhe um aspecto baldio, embora fossem propriedades privadas: O chão da escola, nas traseiras da dita, era grande e todo plantado de oliveiras; O chão dos santos, ao lado da devesa tinha as mesmas características; a fonte nova e valdinardo, contíguos ao adro eram semelhantes aos anteriores. O Chão do outeiro, era diferente em arborização; em vez de oliveiras tinha sobreiros. Os proprietários destas quintas eram pessoas abastadas. Tinham outras fora da povoação que cultivavam intensivamente. Por isso, estas estavam praticamente de pousio. Neste estado, qualquer delas era propícia para as brincadeiras dos rapazes, sobretudo “cawboiadas”. Participei bastante nelas. Recordo-me, que, por inspiração nos filmes de “Westerns”, identificávamos estes locais, por estados americanos: O chão do outeiro era o Kansas; o chão das escola o Colorado; o chão dos santos, a Califórnia e o valdinardo, o Texas. A colheita da azeitona e da bolota eram feitas pelos donos, mas em qualquer dos casos o que caía para o chão era recolhido por quem necessitasse. Era uma benesse dada á povoação. Hoje, está tudo diferente: Os rios, devido ás barragens, então construídas, estão secos. Correm em Invernos muito chuvosos; as quintas foram urbanizadas e são bairros de habitação. Olhando quarenta anos para trás, não parece a mesma aldeia. Recordo com alguma saudade o passado, mas entendo, que com o progresso e evolução dos tempos não podia ser de outra maneira. Não temos a sensação de liberdade á volta da aldeia, mas temos uma aldeia maior e mais moderna!!!. Jcm-pq
publicado por jcm-pq às 10:22
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Terça-feira, 10 de Junho de 2008

Egocentrismo?!...

Andar, atento, por aí ouvem-se coisas agradáveis, desagradáveis e outras que nos fazem pensar!.... Hoje na minha corrida habitual na pista de atletismo, ao ultrapassar duas mulheres que faziam o seu jogging matinal, ouvi, casualmente, uma delas dizer: – A minha irmã disse-lhe “estás mais magra”!. – Pois não hei-de estar!. Se engordo, ele deixa-me!... – Foi a resposta da minha filha!. Interessado, afrouxei, para ouvir mais. – Mas isso foi a brincar, não?. – Exclamou a outra. – Qual quê!. Só por ter engordado dois quilos, esteve fora de casa 15 dias!. – Não posso acreditar!. – Ah! Pois não!. Todos dias a faz pesar!. Diz que tem de manter a elegância que tinha quando casaram!. Diz que não a quer transformada em “burgessa”!. Mas quê!... Passa horas a ver revistas de modelos!... É a coisa mais bruta e casmurra que já vi!. Obviamente, deduzi que, “ele” era o genro. Acelerei, não quis ouvir mais. ……… Vim para casa a pensar naquilo! Tentei esquecer!. Não consegui!... Tentei encontrar uma explicação “lógica” para tal comportamento!. Pensei!.... Pensei!... E nada!. A não ser uma série de interrogações sem, grande, nexo, (Porquê?... Quem consegue aguentar tal situação? …Alguém a tentar salvar um casamento?... Se sim!. Que casamento?... Alguém dependente? … Que tipo de dependência?: Financeira? … Amor? …), para as quais, eu próprio, engendrei algumas respostas!. Por mais justificações que tentei, cheguei sempre à mesma conclusão: Só é possível isto acontecer com pessoas paranóicas, egoístas, desequilibradas, mal formadas etc… Sinceramente, achei que a situação é um disparate tão grande, que parei!... Ou melhor, desisti!... Jcm-pq

publicado por jcm-pq às 08:55
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