Ontem de manhã, no comboio para Lisboa, assisti ao cumprimento de dois amigos, que iam reiniciar o trabalho, depois de gozadas as, merecidas, férias.
Então, foi assim!:
Eh! pá, então as férias? Foram boas? – Diz um, enquanto cumprimentava o outro com um aperto de mão. – Foram óptimas. E as tuas? – As minhas também foram boas, felizmente. Consegui abstrair-me de tudo. Consegui descansar …
O diálogo continuou, até que ouço um deles dizer:
- Quem é que há-de aguentar aquele tormento mais um ano. Se pudesse, não punha lá mais os pés…
Obviamente estava-se a referir ao trabalho. O aspecto desolador e angustiante de quem o disse, impressionou-me.
Se vivêssemos numa sociedade perfeita, o trabalho seria visto, sentido e entendido como uma componente da vida. Contribuiria para a felicidade das pessoas, á semelhança do lazer, convívios ou passeios e consequentemente permitiria qualidade de vida.
Que bom, que era, se assim fosse. Mas, não é.
De facto, nas condições em que se realiza, actualmente, o trabalho, este torna-se incompatível com o direito constitucional á felicidade, liberdade e bem estar dos cidadãos.
O trabalho, nos dias de hoje, é desenvolvido debaixo de opressão, em que, quem o desenvolve se sente preso e explorado, e só aceita tais condições, porque necessita dos magros recursos que lhes permitem sobreviver.
Horários superiores aos permitidos por lei, falta de apoio á família, ambientes em que só são valorizados os que passam muito tempo nos seus postos de trabalho, atropelos nas carreiras profissionais, concorrência desleal, promoções duvidosas, são simples exemplos, reais, da violência que ataca a própria dignidade humana.
A lógica destes procedimentos tem a ver com a eficiência, produtividade e, logo, a competitividade, que não é conseguida, porque estas condições de trabalho, de certa forma escravizantes, são contrárias ao que é racionalmente recomendável; Mas, entretanto, exige o sacrifício de certos valores humanos, como o convívio, respeito e consideração pelos outros. Quem acredita que seja possível manter um trabalho proveitoso e rentável, em períodos directos, acima de dez ou doze horas!?. Quem acredita na qualidade do trabalho de uma pessoa desmotivada!?. Quem acredita no trabalho sobre pressão!?. Penso, que ninguém. Ou, se calhar alguns, mas poucos.
No interesse de todos, patrões e trabalhadores, é preciso criar condições de trabalho em que cada um se sinta útil, realizado e feliz. Quando isto acontecer, as pessoas sentirão e entenderão o trabalho como parte da vida. A sua dedicação será maior, a famigerada “competitividade” será conseguida sem opressão e violência psicológica e não ouviremos mais alguém referir-se ao trabalho como um “tormento”.
Pode ser que se dê um milagre!
Jcm-pq
Olá a todos!... Inicio com beijinhos e abraços para todos os meus amigos!.
Pois é!. Foram pouquinhas!., pequeninas!. Mas muito boas!... Deram para desanuviar as ideias e retemperar as forças!... Agora é o recomeço da labuta da vida!...
Vamos a isto!...
Jcm.pq
Pois é!. Também me toca!.
Vou tentar neste mês de Agosto não me preocupar com nada! É difícil, mas vou tentar!. Para os meus amigos que estão ou vão espero que estejam a ser e sejam boas. Para os que já as gozaram ou não tenham, um bom mês de trabalho!.
Beijinhos!.
Jcm-pq
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