Quarta-feira, 8 de Outubro de 2014

Não há fumo sem fogo!

 

Somos um país pequeno, mas grande em manobras politicas, sociais, financeiras e outras mais. Se somássemos todos os casos com indícios de corrupção e vigarice, talvez não havesse um dia em que isto não acontecesse. Aos jornais só chegam, ou só interessa que cheguem os de maior vulto e que envolvam figuras públicas conhecidas. Vejamos: BPN, Freeport, Apito Dourado, Face Oculta, … BES e agora a Tecnoforma/CPPC. Há por aí, certamente, casos mais pequenos que não são descobertos, ou mesmo que o sejam não são noticiados. O que me leva a escrever este artigo é o último caso. Não que esteja surpreendido!. Ficaria surpreendido é se não surgisse nada deste género, em relação a este Primeiro Ministro. Parece-me que nenhum, antes, escapou a criticas e acusações idênticas.

Em todos os casos anteriores (BPN, Freeport, BES …) fez-me confusão os órgãos fiscalizadores, nunca terem dado por nada!. No caso BES, ainda pior, porque, parece que nem a Troika “cheirou” nenhuma irregularidade. Incompetência, prepotência, desleixo ou interesses dúbios? . Se calhar um pouco de tudo!. À medida que os casos vão sendo arrumados ou arquivados, tento auto-convencer-me de que as coisas aconteceram, devido à dimensão das entidades, o que dificulta a fiscalização pormenorizada e cruzada. Não que isto justifique seja o que for!. Mas, ameniza-me o espírito!. Com a Tecnoforma e a CPPC é diferente. Acho que a sua dimensão permite ou permitia uma fiscalização e controlo correctos. Certamente estas empresas têm um Conselho Fiscal, um ROC (Revisor Oficial de Contas) e provavelmente Auditoria Externa, devido à existência de fundos europeus. Nenhuma destas entidades fiscalizadoras, questionou a exclusividade do Dr. Passos Coelho? Uma das obrigações destes órgãos é exactamente essa quando há a possibilidade de incompatibilidade funções de funcionários e ou dirigentes. A própria Assembleia da República não devia, também, estar atenta? E, porque que é que isto só veio a público agora? Já lá vão, quase 15 anos!. Acredito que se o visado não fosse Primeiro Ministro, nunca se saberia!. E, a gravidade era a mesma!. Só pode haver um interesse e adivinha-se qual é!. Eleições de 2015!.

Agora, até ao desfecho, que já se prevê ser igual aos outros, assistimos ao jogo de ping-pong. O Sr. Primeiro Ministro diz, tardiamente e pouco convincente, que não recebeu nada ilegal. Diz, ainda, que isto se deve ao incomodo que causou por ter mudado a forma de fazer política e que, devido a isto, um “mensageiro” lhe disse, que o seu governo não ia durar muito. Bem!. A denuncia foi anónima e parece que o “mensageiro” anónimo é. Não será anonimato a mais?!. A oposição, em bloco, ataca e contra-ataca. Confusão e mais confusão!. Mais: Porque que é que o Dr. Passos Coelho não deixa verificar as suas contas bancárias?. Era uma forma de limpar o seu bom nome e o cargo que desempenha. Não lhe ficava nada mal!. Quem não deve não teme, lá diz o ditado! Porque que é que não se faz uma Auditoria aprofundada às contas da Tecnoforma e da CPPC? Acho que a existência de um “saco azul” era justificação mais que suficiente!. Lembro o “saco azul” de Felgueiras de há uns anos atrás! Era bom, para bem do Dr. Passos Coelho e de todos os políticos com aspirações futuras, que fosse dada plena abertura e transparência à investigação e que o caso ficasse devidamente esclarecido, independentemente do resultado!.

Bem!. Seja verdade ou mentira, a dúvida já ninguém a consegue apagar!. Diz o velho ditado “onde há fumo é porque lá houve lume”. E, isto quer queiram ou não, traz consequências políticas!. Acho, que é suficiente para decidir votos nas próximas eleições. No mínimo, ajuda indecisos a decidirem-se!...

 

Jcm-pq

publicado por jcm-pq às 19:27
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Domingo, 29 de Junho de 2008

taxi

Devido ás características da actividade profissional que desenvolvo, o meio de transporte que , habitualmente, uso é a viatura própria. Também utilizo, bastantes vezes o comboio e o metropolitano, quando praticáveis. O mais operacional seria o motorizado de duas rodas, devido à facilidade em vencer grandes filas de transito, mas, além de o achar perigoso, incompatibilizamo-nos há alguns anos atrás!. O táxi não me é apelativo!. Não sei porquê, mas nunca me deu muito para andar de táxi!. Só mesmo o estritamente necessário!. Pelo que não conhecia, nem conheço as suas normas, regras de trabalho, hábitos, costumes e outras coisas mais!...

Um dia destes necessitei deste tipo de transporte. As surpresas, pouco claras para mim, foram o móbil deste texto.

Na viagem (para o aeroporto) devido ao simples movimento de carregar num botão deu-me para reparar no taxímetro. Antes só olhava para o montante a pagar!. Aquele simples toque, aumentou a velocidade de contagem do aparelho!. Descaradamente, perguntei ao motorista, como é que aquilo funcionava!. Muito solicito, e como quem percebia da matéria, disse-me que não tinha nada que saber!... Em menos de um minuto pôs-me ao corrente:

- O aparelho está aferido (não sei por quem, mas também não perguntei) e começa a contar logo que carrego neste botão; Quando mudo de concelho, carrego neste segundo botão, porque a tarifa é diferente; este terceiro botão é para quando o cliente tem bagagem, que é o seu caso.

De facto o funcionamento é simples e não tem nada que enganar!. Só que, há duas coisas, que não sabia, não percebo e custam-me a engolir:

1 – Porque é que a mudança de concelho tem tarifa diferente (para cima, claro)?. Não vejo que haja aumento de consumo ou outro justificativo, uma vez que se mantêm as mesmas condições rodoviárias!!!...

2 – Porque é que hei-de pagar mais pelo transporte de bagagem?. Refiro-me a bagagem normal!. Bagagem que a aerotransportadora não considera excessiva!. Estaria de acordo se, se tratasse de bagagem anormal ou que alterasse algo no veículo, nomeadamente o risco de transporte ou consumo. Estou certo que se pusesse estas questões à entidade reguladora (possivelmente à ANTRAN), teria uma resposta bem elaborada a demonstrar tais procedimentos!... Mas, mesmo assim, acho que não engolia!...Ou pelo menos, custar-me-ia a engolir!...

O meu argumento.

- A distância da minha casa até ao aeroporto são cerca de 20 a 25 quilómetros e paguei cerca de 25 euros. Quer isto dizer que o preço por quilómetro foi à volta de 1 euro.

- O estado paga e o fisco isenta de IRS, o pagamento de 39 cêntimos por quilómetro, quando um funcionário/trabalhador utiliza a viatura própria em serviço. Estes valor , entra em linha de conta, com o consumo, desgaste da viatura e respectivos encargos (seguros, taxas, etc…).

Comparando as duas situações e feitas as contas, paguei mais 156%!... Não será de mais?!?!... Haja alguém que me faça ver o contrário!....

Jcm-pq

publicado por jcm-pq às 10:34
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