Terça-feira, 19 de Abril de 2011

Os Animais Também Amam

 

O Joaquim e a Isabel eram um casal feliz, alegre e simpático. Relacionavam-se bem com toda a gente. Eram boas pessoas. Passaram a sua juventude numa grande cidade, onde trabalharam, criaram e educaram os dois filhos: O José e o Manuel.

Chegada a idade da reforma, trataram da papelada, reformaram-se e voltaram á sua terra, uma aldeia no coração da Beira Baixa.

Com cerca de 70 anos de idade, dedicaram-se á exploração de uma horta que herdaram dos pais de Isabel. A horta era bastante espaçosa. Tinha terra de cultivo, quanto baste, e cómodos para animais domésticos. Com estas condições não tardaram os primeiros animais além do, já existente, cão, um casal de patos. A seguir vieram mais: Frangos, galinhas e coelhos. Em pouco tempo encheram as capoeiras. No geral, esta criação logo que atingia maturidade era abatida e consumida, com excepção do casal de patos. Foram os primeiros, “hóspedes”, e tinham muita estima por eles.

Até aqui, é uma história normal, vulgar e idêntica a tantos outros casais espalhados pelo mundo. Interessante, foi o que se passou com o casal de patos:

Os patos eram de raça seleccionada. A pata além de boa poedeira era uma óptima  criadora. Os bandos de criação nunca eram inferiores a 15 patinhos. Era um regalo vê-los patinhar no tanque de água, junto á capoeira. Grasnavam bastante e ruidosamente, mas sabia bem ouvi-los.

Certo dia, a pata morreu. A morte foi natural e não causou surpresa, devido á idade. Tinha á volta de doze anos. O Joaquim enterrou-a na horta, um pouco mais abaixo das capoeiras. O pato assistiu e durante dois dias ficou prostrado junto ao local. De vez enquanto grasnava, baixinho, e notava-se, nitidamente, a tristeza do bicho. O Joaquim teve alguma dificuldade em fazer voltar o pato á capoeira. – Nem parece o mesmo. – Dizia a Isabel. Ainda tentaram novo acasalamento, sem sucesso.

No início, quando o soltavam, corria para o sítio onde a pata fora enterrada. Aos poucos, perdeu o hábito. Parecia que tinha esquecido.

Passado, mais ou menos um ano, numa manhã, o Joaquim pegou numa enxada e começou a amanhar o lance de terra, onde jazia a pata. O pato andava fora da capoeira. Sorrateiramente aproximou-se e ficou por ali. Olhava para o Joaquim e ao mesmo tempo grasnava. Era um grasno diferente do habitual. O Joaquim não ligou e continuou. Em dada altura, pegada á enxada, veio uma asa da pata em meia decomposição. Bem! O Joaquim não ganhou para o susto!. O pato, enfurecido, saltou-lhe aos pés. Em atitude agressiva, de bico aberto, com grasnos arrepiantes abriu as asas e colocou-se em cima da asa da pata. O Joaquim, refeito do susto, aproximou-se e tentou afastar o pato. Impossível. Á aproximação o pato atacava. – Logo te cansas de estar aí. – Pensou, e afastou-se. Durante todo o dia o pato manteve a posição de guarda e protecção. Á noite nova tentativa por parte do Joaquim, sem resultado. Desistiu e regressou a casa.

Na manhã seguinte, Joaquim ia preocupado a pensar na forma de afastar o pato. Não lhe ocorreu solução mas também não foi necessária: O pato estava morto, de asas abertas, em cima do que restava da asa da pata!!!.

Os animais também amam!!!.

publicado por jcm-pq às 09:00
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Quarta-feira, 9 de Julho de 2008

Sina/Orgulho de ser mulher

Hoje, como de costume, vesti uns calções, peguei no carro e fui fazer a minha corridinha na pista de atletismo.

O rádio do carro anda sempre ligado. Como mudo de estação com bastante frequência, por vezes nem sei em qual estou sintonizado. Foi o que aconteceu, hoje. Estava no ar um mini concurso, via telefone. Para o caso também não é importante a estação, porque o formato é quase igual em todas, quando toca à interacção com o exterior, promovendo estes mini concursos, com o objectivo de angariar audiências.

No decorrer da sessão, o locutor no diálogo que travava com uma concorrente, tentando criar um ambiente mais descontraído, estava a fazer uma distinção entre mulheres e homens, com observações do tipo: “vocês mulheres são diferentes dos homens ….”, “com as senhoras temos uma atenção especial”, “com as senhoras temos de ser mais simpáticos …” etc…. A concorrente, muito calmamente e com diplomacia, interveio e disse. – Se considerar que deste lado está uma pessoa, independentemente de ser homem ou mulher, e a tratar como tal, evita-lhe mudanças de comportamento, basta ser simpático, não é preciso mais nada. O locutor ouviu, e disse. – De facto tem toda a razão, mas estes hábitos adquiridos não são fáceis de mudar. Mas deixe que lhe diga, existe muito boa senhora que gosta desta distinção. Dito isto, começou a sessão de perguntas e respostas.

Na verdade as observações do locutor não tinham nada de ofensivo e acredito que o objectivo dele era ser simpático.

 

De facto a cortesia ou simpatia, com que por vezes a sociedade trata as mulheres, são indícios de diferenciação, quando se diz com algum convencimento, que não há desigualdades. E, isto acontece sem que as pessoas se apercebam. No dia a dia podemos observar gestos de carinho, ternura, simpatia e respeito para com as mulheres, que mostram efectivamente a diferenciação, que referi.

 

Vejamos:

 

1 – Quando uma mulher tem filhos, os seus direitos e obrigações de pessoa passam para direitos e obrigações de mãe. Os filhos são a vida e o trabalho delas. Sem darem por isso, auto assumem a situação!.. Não me apercebo, que isto se aplique aos homens.

 

2 – No casal, em que ambos trabalham, a mulher ao chegar a casa, auto assume a responsabilidade de tratar dos filhos, do jantar da casa etc... Normalmente o homem, senta-se no sofá e lê o jornal.

 

3 – É comum, a mulher que trabalha, confrontar-se com observações do tipo: “ estás demasiado ocupada para ter filhos”. Será que algum homem já ouviu isto ou parecido?.

 

4 – As mulheres, habitualmente, quando se cumprimentam nunca ficam sem perguntar: “ Então como estão as crianças?.”. Com os homens não vejo que isto aconteça com muita frequência.

 

5 – Os maridos, quando lhes perguntam pelas esposas, normalmente respondem: “ Está óptima, cheia de trabalho com os filhos. !!!”.

 

Existem mais situações idênticas. Estas cinco, são suficientes para ilustrar que de uma forma inofensiva, existe discriminação entre os homens e as mulheres.

 

Isto é bom ou mau? Não sei responder. Mas creio que esta situação se vai manter eternamente, porque a maior parte das mulheres a aceitam e assumem pacificamente. Jcm-pq

publicado por jcm-pq às 08:45
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Terça-feira, 10 de Junho de 2008

Egocentrismo?!...

Andar, atento, por aí ouvem-se coisas agradáveis, desagradáveis e outras que nos fazem pensar!.... Hoje na minha corrida habitual na pista de atletismo, ao ultrapassar duas mulheres que faziam o seu jogging matinal, ouvi, casualmente, uma delas dizer: – A minha irmã disse-lhe “estás mais magra”!. – Pois não hei-de estar!. Se engordo, ele deixa-me!... – Foi a resposta da minha filha!. Interessado, afrouxei, para ouvir mais. – Mas isso foi a brincar, não?. – Exclamou a outra. – Qual quê!. Só por ter engordado dois quilos, esteve fora de casa 15 dias!. – Não posso acreditar!. – Ah! Pois não!. Todos dias a faz pesar!. Diz que tem de manter a elegância que tinha quando casaram!. Diz que não a quer transformada em “burgessa”!. Mas quê!... Passa horas a ver revistas de modelos!... É a coisa mais bruta e casmurra que já vi!. Obviamente, deduzi que, “ele” era o genro. Acelerei, não quis ouvir mais. ……… Vim para casa a pensar naquilo! Tentei esquecer!. Não consegui!... Tentei encontrar uma explicação “lógica” para tal comportamento!. Pensei!.... Pensei!... E nada!. A não ser uma série de interrogações sem, grande, nexo, (Porquê?... Quem consegue aguentar tal situação? …Alguém a tentar salvar um casamento?... Se sim!. Que casamento?... Alguém dependente? … Que tipo de dependência?: Financeira? … Amor? …), para as quais, eu próprio, engendrei algumas respostas!. Por mais justificações que tentei, cheguei sempre à mesma conclusão: Só é possível isto acontecer com pessoas paranóicas, egoístas, desequilibradas, mal formadas etc… Sinceramente, achei que a situação é um disparate tão grande, que parei!... Ou melhor, desisti!... Jcm-pq

publicado por jcm-pq às 08:55
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Segunda-feira, 12 de Maio de 2008

Solidão e stress

Solidão e stress

 

 Hoje em dia, com o conceito de família em degradação, verificamos que cada vez há mais pessoas a viver sozinhas. Pelo menos, longas temporadas. As razões são diversas: Opção própria, casamentos desfeitos e namoros acabados são as mais comuns.

Viver sozinho por opção, é um facto aceite, voluntariamente, que raramente provoca danos morais e ou psicológicos. Um divórcio, litigioso ou não, provoca sempre grandes perturbações nos seus autores. Normalmente um fica com a casa e com os filhos, quando existem, e o outro sai. Tanto um como o outro até refazerem a vida, ou não, sentem-se sós. Por vezes entram em grandes depressões de difícil recuperação. Os namoros acabados, são outro drama!. Sobretudo namoros de seis, sete, oito anos e mais. Na maior parte já com casa própria e a viverem juntos há algum tempo. Por qualquer motivo, decidem romper a relação. Cada um vai para seu lado. Normalmente um vai para casa dos pais e o outro fica a viver sozinho. As consequências sã diversas e imprevisíveis: Desde a depressão ao suicídio pode acontecer de tudo.

É frequente ouvir pessoas nesta situação, ou que passaram por ela, a queixarem-se de stress, devido á solidão. É natural que o choque seja grande!. Afinal foi o corte de uma relação que já durava há algum tempo e que foi criada com sentimento e amor!.

Acredito que não seja fácil!. Mas, as pessoas, são pessoas e pensam!... Têm de reagir!... Não podem deixar-se abater por isso!... Têm de ser criativas e combater da depressão e o tal stress da solidão!... – Mas como?, Meter-se com um psicólogo, ou há alguma terapia especial?.  - Tratamento psicológico vigiado é uma possibilidade a considerar e talvez a mais fácil e cómoda. Os resultados é que podem ficar aquém dos esperados!... Em alternativa penso que cada um por si pode criar uma terapia própria, simples e sem custos.

Aceitemos como certo o seguinte princípio: “A solidão está na nossa mente. Se a educarmos, nunca mais nos sentimos sós”.

E, eis a terapia: “Educar a mente”. Como aplicá-la? – É simples. Vejamos:

- Se não temos com quem falar… Falamos com o nosso espírito!... Em casa podemos falar alto e com bom som. Na rua em surdina para não nos chamarem “maluquinhos”. E, mesmo na rua, se pusermos uns auscultadores nos ouvidos, podemos falar no tom que quisermos. “Está a falar ao telemóvel” – pensam os outros.

- Se andamos na rua, como é que estamos sozinhos?... Há tanta gente e tanta coisa ao nosso redor!... Podemos é não falar com as pessoas, mas se quisermos, podemos fazê-lo!... É natural que, bem perto, haja outra pessoa na mesma situação!.. Basta estarmos atentos e aproveitar a oportunidade quando surge!.

- Em dias de sol, temos sempre algo que nos acompanha: A nossa sombra. É o nosso par!... A nossa companheira de viagem … Com quem, também, podemos falar!...

- Á noite!... Pode ser mais complicado!... Mas, temos as nossas coisas: Vestuário, relógio, óculos e outros adornos com quem podemos falar!... É, só questão de imaginação. – Lembremos o termo antigo “Falando com os meus botões” e aceitemos que “uma cadeira junta com um vaso, é um par impossível, mas feliz”.

Por onde quer que andemos nunca estamos sós. O espírito, a sombra e a imaginação são  companheiros inseparáveis.

Obviamente, que isto é um exercício mental, cujo objectivo é desviar a preocupação, o desgosto e a mágoa, como forma de aliviar o sofrimento e combater o famigerado stress. É, um exercício, que vale a pena fazer, repetidamente!... Se, de cada vez, resultar só um minuto, já é bom!... Sessenta minutos fazem uma hora e vinte e quatro horas fazem um dia!... É, preciso, é ter isto na mente e tentar!... Tentar!... Tentar!...

 

Jcm.pq

 

publicado por jcm-pq às 11:52
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Quinta-feira, 8 de Maio de 2008

Solidão

A SOLIDÃO

 

Hoje em dia o tema da solidão é bastante falado e discutido nos órgãos de comunicação social. Referem-se, essencialmente, á solidão a que muitos idosos estão sujeitos por não terem família ou esta estar ausente, por dificuldades económicas, por terem sido abandonados ou outros motivos desconhecidos.

Visto assim, até parece que os únicos motivos da solidão são a inexistência de convívio, vivência ou habitabilidade com outras pessoas, e que é um problema exclusivo de velhos e pobres.

A meu ver, o tema “solidão” é bem mais vasto. É um problema social, bastante complexo , e está longe de se esgotar aqui.

No dia a dia a viver em sociedade, deparamos com um sem fim de limitações e privações, de natureza diferente: Na partilha de ideias, no acesso ao que gostamos, no desfruto de uma vida condigna, no emprego, no ensino, etc… Todas estas privações nos são impostas directa ou indirectamente por motivos políticos, económicos ou religiosos, em suma, pela organização da sociedade.

Quando sujeitos a estas ou outras privações, sentimo-nos descriminados, sós e infelizes. Sem darmos por isso, sentimos a solidão. De forma diferente, é certo, mas é solidão.

Vistas as coisas deste modo, todo o ser humano, sem excepção, a sente. Não há ninguém no mundo, que diga estar completamente satisfeito. Toda a gente tem alguma necessidade, aspiração ou desejo por concretizar.

Cada estado de solidão provoca efeitos mais ou menos profundos, consoante o grau de importância que o próprio lhe atribui. A falta de companhia, a divergência de ideias, o confronto de maneiras de ser, o confronte de gerações etc..., não são vistos nem sentidos por todos da mesma forma.

Não estarei muito longe da verdade, se afirmar que a solidão vista assim, é a causa da felicidade e infelicidade do ser humano, é a causa dos disparates, distúrbios, roubos e violências praticados no mundo.

Sendo assim, o problema é de todos e não exclusivo de alguns. Todos temos a nossa quota parte de responsabilidade.

Seria utópico pensar num mundo perfeito. Mas pensar num mundo melhor, é viável. Para isso, não chegam as políticas ou lutas colectivas. É importante e primordial a luta e empenhamento individual. Cada um por si, pode, por um lado amenizar os estados depressivos ou de solidão, por via da meditação ou auto crítica, imaginando coisas belas e pensando positivo, por outro lado, dinamizando contactos com outros, mostrando as suas fraquezas e fortalezas no sentido de ajudar e ser ajudado.

Com estes procedimentos combateriamos a solidão, idependentemente a sua natureza, e contribuiríamos para a construção de um mundo melhor.

 

    Jcm-pq

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Quinta-feira, 27 de Março de 2008

Ternura

TERNURA

 

Descia uma Avenida, em Lisboa, quando deparei com uma cena de certa forma invulgar, que não resisti à tentação de observar, e que vou descrever em breves linhas.

 

Então foi assim:

 

Descia a avenida, quando deparei à entrada de um prédio de habitação, com uma senhora bastante velhinha acompanhada por uma jovem, que depois verifiquei ser neta ou (bisneta). A senhora movimentava-se com muita dificuldade. Apoiava-se numa bengala e por sua vez a jovem auxiliava-a.

 

Até aqui nada de extraordinário, a não ser a minha curiosidade.

 

Parei, e disfarçadamente aproximei-me o mais que pude sem dar nas vistas. E ouvi:

 

     - “Oh vó, vá lá. Está a ver como é fácil. Vá, vai dar o seu passeiozinho até à entrada

         do Metro. Dizia que nunca mais vinha cá abaixo, vê que veio. Há-de vir mais

          vezes, que eu trago-a cá. Vamos por aqui. Ali está molhado.  .................................

           ..............................................................................................”

Ao som destas palavras, ditas com uma doçura e meiguice indiscritível, a senhora não dizia nada. Com algum custo sorria.

 

Aproximei-me, ofereci ajuda, que a jovem dispensou, e disse:

    - Minha senhora, como se deve sentir bem com uma neta tão querida”

Nem sei se estas palavras foram as mais adequadas!!!.

A jovem agradeceu, com um obrigado. A senhora olhou-me sem dizer nada. Mas os olhos dela brilharam e disseram tudo!.

Disse adeus e continuei avenida abaixo.

 

Hoje, diz-se frequentemente: “ A juventude é cruel, é materialista, não tem sentimentos, é egoísta. etc...”

 

Ver um quadro como o que descrevi, é a prova de que não se podem generalizar determinadas afirmações.

 

Como foi bom ver naquela jovem, (vou chamar-lhe Bela, como bela era a acção que estava a praticar), tanta ternura, carinho e AMOR. Sou um privilegiado.

 

Quem dera que houvesse muitas e muitas destas Belas pelo mundo fora.

 

    Jcm-pq

publicado por jcm-pq às 15:41
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