Segunda-feira, 22 de Agosto de 2011

Termas de Monfortinho/Monfortinho /Hotel Astoria / Hotel Fonte Santa

 

 

Não pretendo com este título fazer qualquer tipo de publicidade às entidades visadas. As referências na Internet são boas e foi através delas que lá cheguei. Quero, somente, espevitar a curiosidade das pessoas, como forma de estímulo a lerem o texto onde descrevo uma situação, que se passou comigo na vila de Monfortinho e que classifico de “insólita”,

 

Então foi assim:

 

Não conhecia esta região e decidi escolher um sítio para fazer de base por três ou quatro dias, fazer umas saídas pelas redondezas e ficar a conhecê-la com algum pormenor. Escolhi Monfortinho que me pareceu adequado e retirei, da internet, referências dos hotéis Astoria e Fonte Santa.

Num dia, bonito, de Julho, pelas 11H30, entrei na vila e sem sair do carro dei uma volta de reconhecimento. Agradou-me o ambiente: Limpo, verdejante, pouca gente e transito quase nulo. À primeira vista, o local era bom para o que pretendia. De seguida procurei os hotéis. A meio de uma rua larga, com duas faixas de rodagem, vislumbrei ao fundo, estampado num muro “Fonte Santa” e disse para minha mulher – Olha o Hotel Fonte Santa é além ao fundo e o Astoria, pelo que vi na internet, não fica longe. Continuei devagar, tentando descobrir a entrada do Fonte e Santa e ao mesmo tempo indicação do Astoria. A entrada do Fonte Santa não era ali. No topo da rua, voltei para a outra facha, para voltar imediatamente à direita, para onde me pareceu que seria o Astoria, e não me tinha enganado, o caminho era o correcto. Qual foi o meu espanto, que saído não sei de onde, me apareceu à frente um GNR a fazer sinal para encostar. Encostei. Depois da continência, obrigatória, pediu-me os documentos da viatura. Enquanto procurei os documentos, o guarda deu uma volta pela frente do carro, em jeito de verificação – Até pensei que tivesse alguma informação que tornasse a viatura suspeita de qualquer coisa que se tivesse passado – Mas, felizmente não. Então após a verificação do certificado de seguro, é que o guarda me disse que na avenida não tinha cumprido correctamente as regras de trânsito quando inverti a marcha no fundo da rua. De facto com a preocupação na procura dos hotéis e sem movimento nenhum (só circulava a minha viatura) não dediquei grande atenção à manobra. Em suma, circulava à vontade!... Acho, tendo em atenção que não houve nenhum perigo à vista, que uma chamada de atenção era pertinente, suficiente, razoável e sensata!. Mas o resultado foi outro. Fui autuado em 60 euros (soube o valor, mais tarde, quando recebi a notificação). Perante isto, se 10 minutos antes tinha decidido ficar por ali, no minuto seguinte ao acontecido, decidi já nem almoçar na vila. Em frente ao Astoria fiz a inversão de marcha e rapidamente cheguei à saída da vila. Rumei para Idanha-a-Nova, onde fiz o que tinha pensado fazer em Monfortinho.

Quando disse que considerei a situação “insólita”, não foi pelo facto de ter sido autuado!. Infringi as regras, paguei por isso, ponto final. Os 60 euros não me fazem falta nem me deixam incomodado. (Incomodado, ficaria, se com a minha distracção tivesse criado perigo para alguém). Só, que à trinta e nove anos que tenho carta de condução. Conduzo habitualmente em Lisboa no Porto e por todo o país. Tenho conduzido em Madrid, Barcelona, Valência, Alicante, S. Sebastião, Bilbau e outras zonas de Espanha. Também em França, já fiz bastantes quilómetros: Bordéus, Nantes, Paris Toulouse, etc…Nunca tive o mínimo problema e nunca fui autuado a circular por todos estes sítios em que a intensidade de transito e populacional é elevadíssima e fui-o num sítio em que a única viatura a circular era a minha e no momento estávamos ali três pessoas: eu, a minha mulher e o guarda!. É “insólito” ou não?!!!.

Ao descrever esta situação, não pretendo nada de especial. Faço-o por dois motivos: Primeiro, partilhar a “experiência” com os meus amigos e leitores habituais dos blog´s. Segundo, alertá-los para terem cuidado, quando circulem em sítios calmos, porque “boas vindas” como estas não são nada agradáveis!...   

publicado por jcm-pq às 12:37
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Segunda-feira, 12 de Julho de 2010

O Poeta Anónimo

Quando andamos por aí, encontramos uma enorme diversidade de pessoas!. Altas, baixas, magras, gordas, sisudas, risonhas, simpáticas, antipáticas, bem vestidas, mal vestidas, sós, acompanhadas ou em grupos!. Em qualquer das situações não sabemos quem são, o que são, o que pensam e, muito menos, o que lhes vai na alma! Podemos imaginar, pela sua maneira, aspecto e comportamento, e, ás vezes, até ficamos muito próximos. Mas, há casos em que ficamos muito, mas mesmo, muito longe. Acontece, quando julgamos pelas aparências!... Há dias, em Castelo Branco, aconteceu algo, inesperado, que me deixou perplexo e a pensar!... Com a minha mulher, entramos na charcutaria em que habitualmente fazemos as compras da especialidade. Á nossa frente, entrou um homem. O seu aspecto não era de dar nas vistas. Não vestia bem nem mal mas apresentava-se limpo. Se estivesse voltado para a análise, classificava-o como uma pessoa simples, com pouco cultura, inofensivo, solitário e sobretudo tímido. O Sr. Manuel – como lhe chamou a senhora da charcutaria – demorou um pouco a recolher das prateleiras o que necessitava. Não aparentava pressa!. Entretanto, a senhora, que já nos conhecia, deu-nos atenção e começou a aviar-nos. Estava a meio, quando o sr. Manuel se aproximou para pagar. Não trazia muitos artigos!... Dona Guilhermina, tome aí nota que eu já lhe pago – Disse ele. – Está bem. – Disse ela. – Pode interromper e fazer a conta, que o sr. entrou primeiro. – Dissemos nós. - Sr. Manuel, venha cá, que os senhores não se importam que passe á frente!. Chamou, ao mesmo tempo que pegava na caneta. Inesperadamente, o sr, Manuel disse: - Enquanto faz a conta aproveito para dizer um versos a estes senhores!... Sem dizer nada, ficamos a olhar para o homem, a ver o que saía dali. Eu, confesso, fiquei um pouco desconfiado!... - Não sei ler nem escrever, mas faço versos com muita facilidade, querem ouvir? Sem dar tempo a responder, lá vieram os primeiros, alusivos, exactamente, ao seu analfabetismo. - Fiquei viúvo há dez anos e fiz uns versos á minha santa esposa. – Continuou sem dar tempo a comentar os primeiros!. Ao fim destes ainda dissemos que devia deixar escrever ou gravar versos tão bonitos. Abanou a cabeça, em sentido negativo e continuou. Durante um quarto de hora, que mais pareceram dois minutos, e sem direito a comentários, o sr. Manuel não parou de versar!... - Até á próxima, meus amigos!. – Disse, e saiu da loja. Inesperadamente começou e inesperadamente terminou, sem esperar por um elogio ou comentário. Eram versos lindos!... Profundos!... Alguns, até arrepiavam!... Fiquei sem saber se eram espontâneos ou memorizados!... De qualquer das formas, estava perante um poeta do povo, simples e natural!... Um poeta anónimo!... – Quem diria!... Pensei eu. De facto, quem não o conhecer, não faz ideia da sua capacidade e sensibilidade. Acho que ele próprio não faz ideia da riqueza que contém!. É pena perdê-la. Seria bom imortalizá-la, tal como aconteceu com António Aleixo. Mas, é pouco provável!... Segundo a dona Guilhermina, ele não dá hipótese. – Não quero - afirma com determinação, quando confrontado. Porquê?. Não se sabe!... Foi um momento bom!... Único!... Que bom encontro tivemos!... Que momento de felicidade, aquele homem nos ofereceu!... Obrigado Sr. Manuel!...

publicado por jcm-pq às 18:07
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Segunda-feira, 15 de Setembro de 2008

As Vindimas

Anualmente, por esta altura, colhem-se as uvas. É a época das vindimas!. Por todo o país se labuta nesta tarefa. Devido ás particularidades do clima, o início e o fim não é coincidente em todas as regiões. Em qualquer dos casos nunca vão para além do mês de Setembro. Cada região, tem o seu costume e tradição. Há regiões, sobretudo no Norte, que a vindima é uma autêntica época festiva. Logo ao amanhecer os ranchos encaminham-se para as vinhas, em romaria, cantando alegremente. A colheita e o transporte das uvas em cestos, para os tractores, que substituíram os carros de bois de outrora, fazem-se, ao som dos cantares tradicionais da região. Á noite, o esmagamento das uvas, é festa de arromba. Os homens, em calções, perfilados no lagar, abraçados, formam um cordão uniforme, que em movimentos de marcar passo, vão lentamente esmagando as uvas. Também esta tarefa é efectuada ao som dos cantares tradicionais acompanhados de acordeão. Comer e beber não falta. Homens, mulheres, garotos, velhos e novos, todos participam.

As televisões, mostram este espectáculo, digno de se ver. É a alegria, simples, do povo. – É bom, bonito, alegre e interessante, mas é uma amostra em relação a antigamente – Dizem os mais idosos.

As outras regiões: Beiras, Litoral, Alentejo e outras, também têm os seus costumes. Mais brandos, menos espectaculares, mas também têm o seu encanto. Á semelhança do Norte, a colheita é feita por ranchos e o transporte por tractores. O esmagamento por máquina ou manualmente no sarin dão. Só faltam os cantares, como no Norte.

Actualmente até no Norte, o esmagamento, na maioria é feito mecanicamente. As cooperativas de produção de vinho, são as principais responsáveis.

Seja de que modo for, o objectivo é o mesmo. Colher, esmagar as uvas e fabricar o vinho. O importante é que cada região, á sua maneira, mantenha a tradição e continue a realçar o acontecimento. Que em todo o país, por longos e longos anos, a época das vindimas não passe desapercebida.

 

Jcm-pq

publicado por jcm-pq às 12:19
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